“Portugal está na crista da onda da inovação”

Membros do júri concordam que processo de seleção dos vencedores foi “muito renhido” pela alta qualidade das candidaturas

“Portugal está na crista da onda da inovação”, de que é sinal a recente realização da Web Summit, disse a COE da Cisco Portugal, no debate com os membros do júri dos Prémios Millennium. Sofia Tenreiro observou, no entanto, que “a inovação não é um exclusivo das empresas tecnológicas, mas também caracteriza muitas empresas dos chamados setores tradicionais que foram capazes de incorporar tecnologia e também se tornaram tecnológicas”.

“Muito difícil e renhido” foi como a gestora classificou o processo de seleção dos vencedores entre 34 finalistas, no debate moderado pela diretora do Dinheiro Vivo, Rosália Amorim, e o subdiretor da TSF, Anselmo Crespo.

“Uma empresa inovadora cresce mais e mais depressa, exporta em maior quantidade, é mais rentável e tem menos risco”, disse o diretor-geral da COTEC, Jorge Portugal.

O dirigente da COTEC, que é parceira da iniciativa do Millennium bcp, considerou que aquelas características são visíveis entre as sete empresas vencedoras, acrescentando que a internacionalização é, na maioria das vezes, consequência da inovação que, por sua vez, também está associada “a maior autonomia financeira, mais emprego e melhores salários”.

A mais-valia de poder concorrer entre os melhores foi destacada pelo presidente da AICEP, igualmente parceira da iniciativa. Luís Castro Henriques considerou que estes prémios permitem às empresas dispor da ajuda do banco e das entidades associadas, o que é importante para exportar mais, para além de ganharem visibilidade.

Do lado da Católica Business School, o seu diretor manifestou-se muito satisfeito por ser membro do júri, lembrando que “o lema da Católica também é premiar quem faz bem”. Nuno Fernandes saudou os empresários vencedores, que “vão participar nos cursos de formação de skills globais para o mundo global”, ministrados por aquela instituição.

O presidente da Siemens Portugal destacou a “grande transformação digital que está a atravessar a economia portuguesa” e as empresas que melhor conseguem posicionar-se em termos internacionais. “Os mercados externos acreditam no digital”, afirmou Pedro Pires de Miranda, lembrando que a Siemens está disponível para apoiar a internacionalização das empresas portuguesas.

Fonte: Dinheiro Vivo